Méier, Faculdades Integradas Hélio Alonso, 13 de junho de 2011. São 19 horas da noite. Quando abri a porta da sala e o olhei fixamente, o professor de História José Guilherme Telles sorriu e disse: “Ih, esqueci, mas já vou te atender”. Ele estava dando a verificação de aprendizagem final para aquela turma. Saiu da sala, fechou a porta e entrou na sala seguinte onde eu estava. A nossa conversa seria sobre a ditadura civil-militar. Durante a entrevista Telles comenta a participação e intervenção militar nas decisões do estado desde a década de 20 quando ocorreu o tenentismo e a dificuldade da separação desses dois órgãos: Estado e Grupo Militar.
Telles também comenta a participação dos setores da classe média, igreja, empresariado, imprensa e sociedade no evento de regime militar instaurado em 1964, confirmando assim, mais uma vez a idéia de ditadura civil-militar. Ele vai citar a falta de preparo e de ideologia dos militares quando assumiram o poder. Porque muito foi feito para a tomada de poder e ascensão, mas faltava algo que trouxesse a identidade política a esse grupo militar.